sábado, 12 de julho de 2008

neste horizonte por ti criado.


Desde cedo te vi sem nada ainda veres em ti,de tanto que só para fora olhavas.
Vieste senhor crescido tão convencido, da importância do que tem e faz, tão agarrado a essa ideia ilusória, e tão esquecido do tanto que, afinal, o habita, que pouco dá desse melhor de si mesmo, e pouco cria para além de ilusões.

Mas o que vi foi sobretudo, a criança capaz de se encantar e acolher aquilo que se lhe apresenta, sem prisões passadas nem expectativas futuras. E foi essa tua semente profunda de carÊncia feita de feridas tapadas por duras lutas, através das quais te foste tornando homem, que no fundo de mim mesma, acolhi.

Ignoro o que permitiu que me aparecesses, tão despido de compromissos e obrigações que, ao longo de uma vida ainda curta, te seguraram.
Deixe-me simplesmente levar por essa surpresa que a ti ainda mais surpreendeu do que a mim, e por isso nasceu uma nova fonte de vida que, maior do qualquer de nós, nos elevou para lá do chão real que era o já existente.

Não sei ainda porque vieste aqui e agora, só sinto que aqui estás e esqueço esse porquê.
Talvez a resposta se encontre em tempos, de que não posso saber pporque estranhos me são. Mas sinto já que o que fez com que eu te visse, vem desses tempos longínquos, em que eras sem roupa e sem razão, e talvez para viveres o teu hoje, decidiste congelar.

Talvez, por isso a nossa história, que é de vida, não possa, já o sinto, prolongar.se no tempo tanto como nós desejaríamos.
Talvez tenhamos ainda de aprender, que só o presente pode dar consistência ao que, a certa altura, nos é dado viver e que há coisas que nos acontecem, antes dessa aprendizagem estar feita.

Foi ao ver-.te assim tão despido que pude sentir como sendo real aquilo que, só hoje o sei, afinal não passava de um sonho, o sonho que antes tinha tido. Acordei!?
No entanto, não quero desfazer já este encontro, destruir o sonho criado.
Apesar de tudo, quero continuar a acreditar, na existência de um novo amor possivel, neste horizonte sempre aberto por ti criado, ao te esqueceres de roupas e certezas, e me apareceres como se já as tivesses deitado fora.





=)*

2 comentários:

Anónimo disse...

Ñ tenho palavras... A vida é demasiado curta para fingirmos akilo k realmente sentimos... E kd nos declaramos de corpo e alma... Puff... De um momento para o outro parece-nos k vai cair o mundo em cima, não é justo pois não? Mas o nosso dia há-de chegar, porque merecemos mt mas mm mt ser felizes!

GMDT 4EVER*
Beijinhooo
Andreia:)

Anónimo disse...

Pois é coração conseguiste me deixar de boca aberta...
Tudo o k escreves é tão sentido k nao tem explicação!

A única explicação k existe é k quem ama e principalmente quem se ama a si mesmo consegue sem pre tudo, e tu..... não tenho dúvidas que vais conseguir o k keres e k vais ser mt mt feliz...

Beijinhoooo
Adoro-te mt
Vanessa